terça-feira, 8 de março de 2011

Caça e caçador



Olá, caros fregueses, sou eu o seu garçom. Trago-lhes hoje um prato banhado a sangue e servido por vampiros.  Uma homenagem á dois grandes nomes que com certeza estão na nossa parede da fama: Adriano Siqueira e Liz Vamp. Esperam que curtam essa emocionante história...









Caça e caçador

A noite estava fria, o vento percorria por toda uma pequena cidade do interior paulista, trazendo consigo as lástimas e as  lamúrias proferidas de bocas que sofriam naquele momento... Morte, frio, abandono...
Esse era o som do vento, o ruído de um choro uivando noite adentro. Em uma das casas dessa cidade uma pessoa percorria por sua pequena biblioteca, remexendo livros velhos e novos. Lia atentamente cada um desses amontoados de papéis que trazia à mão, como se procurasse respostas, pistas... Algo que o levasse 
ao objeto de sua ambição.

Diferente de muitas pessoas esse não temia a noite e suas criaturas, ao contrário, ele buscava-as, caçava-as. Com seu sobretudo marrom surrado pelo tempo, andava pelos becos da vida atrás de encrenca com o mundo das trevas... Um caçador... Um matador de vampiros. Era o mais conhecido entre as pessoas do ramo, o mais temido e ao mesmo tempo vangloriado. Seu nome era Adriano.

Adriano procurava em sua vasta coleção alguma dica de onde encontrar uma vampira, a única a escapar de sua estaca, de seus crucifixos. A vampira que lhe passara entre os dedos, fugindo da morte, lhe encantara – o enfeitiçara por sua beleza. Desejava beijá-la, abraçá-la e, novamente, ter a chance de enfiar-lhe uma estaca em seu peito – que ostentavam lindos e ludibriantes seios – envenená-la com a prata que possuia ao monte escondida pelo sobretudo. Suas armas. Objetos purificadores do mal. Matavam vampiros.

 – Onde está? – começou a dizer a si mesmo, após jogar mais um livro na pilha que já havia feito com livros lidos – Onde está? Tenho certeza que tenho a informação, tenho sua história escrita em algum livro ou pergaminho... Ela não é uma desconhecida... Lembro-me de seu nome, de seu rosto.

Adriano sentou-se numa cadeira, escorou sua cabeça com o braço que colocara em cima da mesa, olhava para o chão, mas não procurava nada nele, aliás, nem ao menos prestava atenção nele. Apenas se recordava de sua luta, de sua pelea. Três noites atrás, ele havia recebido informações sobre um grupo de vampiros que atacava certa região do estado e foi averiguar.

Era meia-noite, a lua cheia iluminava o local – deixando o ambiente ainda mais tenebroso – Adriano estava em um galpão abandonado, seguira os maltitos noturnos até ali. Era questão de tempo para que aparecessem e o atacassem.

Então de repente se viu cercado. Os olhos acessos das criaturas o encaravam, percorriam ao seu redor lentamente, esperando a oportunidade de um ataque preciso. Adriano não se movera do lugar. Então o primeiro vampiro atacou.

Ao contrário do que se pensam, não é com agilidade ou força corporal que um caçador vence os vampiros, pois esses são infinitamente mais ágeis e fortes que os humanos, é com a inteligência que cumprem tal tarefa. O primeiro vampiro o atacou. Rapidamente ele pegou um punhado de pó de prata que gurdara no bolso do sobretudo e jogou nos olhos da criatura. O pó era mais do que cegante para os vampiros, a prata em pó faziam seus globos oculares explodirem, consumirem-se em chamas.

Adriano não perdeu tempo em perfurar o peito do vampiro e dando cabo á sua vida.

Um vampiro a menos dos cinco que o cercara. Três criaturas do grupo resolveram atacar de uma vez, tentando adquirir vantagem perante o caçador, pobres e tolas criaturas, tiveram o mesmo destino... O pó santo as cegou... A estaca divina as matou.

Porém o pó de prata de Adriano havia acabado, faltava uma das criaturas. A mesma lhe atacara Adriano com certo esforço conseguiu se esquivar.

 – Onde está sua prata caçador? Por que não me atingiu com ela? – perguntou o vampiro ironicamente.

 – Não necessito apenas de minha prata, possuo várias formas de matar vocês, vampiros.

Mais uma investida da criatura para cima de Adriano, que ao contrário de antes não se moveu, aguardou o vampiro, que teve a cabeça atingida por um líquido transparente. Água Benta?... Não... Ácido!

A pele cinza da criatura começou a derreter. E em seu lamento chamou por sua mestra...

 – Mestra Liz! Ajude-me Mestra Liz! – berrou o vampiro.

De repente por trás de Adriano surgiu uma bela mulher de longos cabelos negros. Seu andar era sedutor, seus lábios em grande volume chamavam a atenção para suas enormes presas. Sua pele branca, lembrando a seda, não só em aparência, mas também em maciez.

 – Vejo que é muito habilidoso caçador... – disse a vampira, rodeando Adriano, passando sua mão pelo seu toráx, raspando aquela grande unha nele.

O que a vampira tentava fazer era o que já fizera com muitos caçadores antes dele. Seduzi-lo. Distrai-lo para matá-lo. Mas Adriano era ardiloso, sabia manter o controle de seus impulsos e, sem que a vampira Liz esperasse, ele pegou sua estaca e mirou em seu coração.

Liz, entretanto era poderosa... Antiga... E com uma velocidade surpreendente escapou da estaca, que ao invés de atingir seu coração atingiu seu abdomem. Rasgando-lhe parte da roupa, quase desprendendo o botão que segurava seus seios em seu decote.

Irritada com a atitude do caçador, sentiu grande vontade de matá-lo, sugar-lhe o sangue. Mas teria que evitar uma luta agora, havia a necessidade de salvar seu fiel lacaio antes que o ácido jogado nele lhe consumisse.

 – Lhe encontrarei de novo caçador, sem que você me perceba, e te matarei. – disse Liz desaparecendo rapidamente do local, levando seu lacaio nos ombros.

Era por isso que Adriano precisava encontrá-la, antes que ela o encontre, deveria impedir o elemento surpresa da vampira e torná-lo seu. Deveria ele surpreendê-la e matá-la. Então com um sorriso no rosto levantou-se da cadeira, lembrou de onde ele havia lido sobre a vampira Liz... Correu pegar o livro precioso.



Uma vampira sugava o pescoço de um homem, lhe retirara o liquido da vida contido em suas veias. Largou no chão o corpo inerte que ficou em suas mãos.

 – Não era ele mestra? – disse um vampiro ao seu lado, esse possuia metade do rosto deformado.

 – Não Frost, não era o caçador que buscamos...

Então Liz e seu lacaio continuaram a percorrer a noite atrás do caçador que lhes feriu.



Então, gostaram do prato? Espero que se lembrem dele ao sair para suas caminhadas noturnas, pois ao menos se não fores um caçador, evite-as. Tenha um boa indigestão senhores e até mais...

6 comentários:

  1. incrível homenagem.. obrigado diego. ficou muito legal e olha... A Liz Vamp é sem dúvidas uma vampira que deixaria qualquer caçador sem forças para reagir.:-)

    abraços e grato pela homenagem! já coloquei seu link no meu blog :-)
    Adriano Siqueira
    www.contosdevampiroseterror.blogspot.com

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  2. obrigado pelo comentário, e ralmente a Liz Vamp é uma das vampiras mais bonitas que conheço... tanto quanto a Vampirella

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  3. Sou amiga do Lord Dri, ele merece todas as homenagens por ser uma pessoa doce e carismática e tb por ser um gde amigo. Lindo conto.

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  4. ...rsrsrs... Lord Dri, o "Sinistro Caçador de Vampiros"! Da próxima vez, não esqueça de uma dose maior de pó de prata e, sinceramente, vai ser jogo duro esquivar-se da sedução De Liz Vamp, todo cuidado será pouco... valeu pela imaginação sangrenta, Diego. 1 forte abraço a todos,

    the ^..^ Osmar

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  5. Eu amei o conto...quando o Adriano indicou o conto vim logo ler, e é ótimo...Amei o blog tbm, já estou seguindo.

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  6. Obrigado a todos os comentários, estou muito ocupado esses meses com um projeto e nào estou em casa e to meio que nào podendo usar a net e postar novos contos em breve postarei outro srrsrs abraços

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