domingo, 4 de setembro de 2011

Lobo Solitário



Olá meus caros fregueses. hoje trago para vocês um prato, confesso que não é farto em letras, mas é farto de terror e pena. Deliciem-se com o prato.


Estou envolto de grama e árvores, pisando em terra úmida ao invés de asfalto, iluminado pela luz da lua cheia em cima de mim ao invés de luzes elétricas em postes de concreto.

Ah! A luz da lua, sua luz gelada e reconfortante, a única coisa que parece confortar meu coração que agora pulsa absurdamente acelerado.

Não posso mais viver entre aqueles que eu cresci, não posso mais viver entre os homens comuns das cidades, pois agora eu lhes desejo arrancar o coração e tomar de seu sangue.

Meu abraço não mais é caloroso, é peludo e literalmente capaz de esmagar. Minhas mãos não podem mais acariciar, agora ela possui enormes unhas afiadas feitas para destroçar.

Minha boca não pode mais ser beijada, agora minha face ostenta um focinho repleto de dentes assassinos. E não posso viver com aqueles como eu, pois os odeio por terem me tornado o que sou agora.

O que não entendo é o motivo de eu não voltar a ser normal, como eles conseguem como os vi fazendo. Então o que me resta é vagar sozinho com esta aparência monstruosa, o que me resta é deixar com que a fome me tome por completo e eu me perca de minha sanidade, o que me resta é simplesmente ser um lobisomem.

Espero que tenham se deliciado, pois nosso pagamento é o medo e o terror em vossos corações...

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